Modelo Teórico
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Clínica

O método psicoterapêutico utilizado inscreve-se no modelo psicodinâmico.

Carl Rogers ao verificar que os pacientes em consulta psicológica demonstravam acentuadas dificuldades em reconhecer as próprias emoções e em aproximarem-se dos outros enquanto seres semelhantes, criou uma nova forma de psicoterapia – a terapia centrada no cliente.

Para este autor, a principal tarefa do psicoterapeuta é a de conseguir comunicar ao paciente que compreende como é o mundo visto pelos seus olhos, que consegue empatizar com os seus desejos e sentimentos e que o aceita e valoriza enquanto ser humano.

As técnicas que utilizava eram técnicas não-directivas; não dava conselhos nem fazia interpretações, mas tentava antes clarificar os verdadeiros sentimentos do paciente, reflectindo ou ecoando o que este parecia querer dizer ou sentir.

Este modelo recebe fortes influências da psicoterapia rogeriana. Assim, as técnicas não se centram na interpretação, pois o objectivo não é a instalação de uma neurose de transferência, como na psicanálise.

São utilizadas técnicas centradas na emoção, com o objectivo de ajudar os pacientes a reconhecerem as próprias emoções. Parafraseando Bion, a tarefa do terapeuta é aqui a de funcionar como continente para o paciente; o terapeuta deverá assim assumir uma ‘função-alfa’, isto é, dar um sentido, significado e nome às experiências emocionais do paciente, ou ‘elementos-beta’.

Também a psicanálise interpessoal (de Harry Stack Sullivan) exerce uma acentuada influência neste modelo, nomeadamente ao nível da importância dada às relações interpessoais no desenvolvimento psicológico e à contingência, forma privilegiada de aceder ao sentir do Outro.